Expedição Rota Brasil Oeste: redescobrindo o Brasil-Central

O primeiro trabalho organizado pelo Rota Brasil Oeste foi um projeto de conclusão do curso de Comunicação da Universidade de Brasília que refez parte do trajeto original da Expedição Roncador-Xingu, comandada pelos irmãos Villas Bôas na década de 40.

A viagem de um mês resgatou um pouco da história da expedição, percorrendo cidades e comunidades indígenas. A aventura começou em Brasília, no dia 1º de maio, passou por cinco cidades e chegou até o Parque Indígena do Xingu, percorrendo mais de 3.000km de estradas e rios.

Na primeira etapa, realizou-se reportagens sobre algumas cidades que surgiram sob a influência da Marcha Para o Oeste e personagens que representam a história e o presente regional. Estivemos em: Aragarças em Goiás além de Barra do Garças, Nova Xavantina, Água Boa e Canarana no Mato Grosso. Seguindo o roteiro da viagem original, em 15 dias, atravessamos os rios Araguaia e Mortes, além da Serra do Roncador (foto).

Equipe Rota Brasil Oeste
Equipe do Rota Brasil Oeste posa ao lado do cacique Aritana (segundo sentado da dir. para esq.) acompanhado de homens da comunidade Yawalapiti. A etnia, nossa anfitriã no Alto Xingu, foi reagrupada pelos Villas Bôas e hoje representam algumas das vozes mais importantes da reserva.

Comunidades Indígenas

Na segunda parte do trabalho, o grupo desceu de barco o rio Kuluene, para entrar no Parque Indígena do Xingu. Fora dez dias de permanência na região do Alto Xingu, dormindo em aldeias e conversando com as lideranças indígenas, tempo necessário para compreender um pouco sobre a vida na tribo e alguns dos problemas atuais enfrentados pelas etnias.

Por fim, a equipe seguiu para a reserva Xavante de Pimentel Barbosa, onde passou dois dias conversando e entrevistando os índios mais velhos, desvendando sua história e tradição. A volta à Brasília aconteceu no dia 1o de junho.

Produção de conteúdo

Conexão via satélite
A equipe do Rota Brasil Oeste foi a primeira a realizar pulicação de conteúdo diário direto do Parque Indígena do Xingu e comunidades vizinhas.

Numa iniciativa inédita, o projeto utilizou uma conexão via satélite (foto), computadores portáteis e uma câmera digital, para 30 dias de produção constante de conteúdo jornalístico, publicado direto de cada lugar visitado.

Neste período, foram publicadas 26 matérias e entrevistas, 30 diários e 87 imagens numa página dentro do portal de aventura 360 Graus (www.360graus.com.br), parte do conteúdo do Terra. Também foram produzidas cinco matérias, uma entrevista e nove fotos para a edição regional da Gazeta Mercantil. Além disso, ocorreram diversas participações ao vivo nos programas ‘Revista Brasil’ e ‘Eu de Cá, Você de Lá’, da Rádio Nacional AM.

O projeto, realizado sem fins lucrativos, foi viabilizado por apoiadores, que cederam equipamentos por um prazo limitado ou financiaram parte do custo da viagem. Os participantes foram a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), a Globalstar, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Ibiti Equipamentos.

Números do projeto:

  • Tempo de preparação: 2 anos
  • Tempo de viagem: 30 dias
  • Conteúdo publicado online: 26 matérias, 30 diários e 87 imagens
  • Conteúdo publicado em impresso: 5 matérias e 9 fotos
  • Quilometragem percorrida por terra: 2.380km
  • Tempo de viagem em via fluvial: 20 horas de barco
  • Filmes batidos: 46 rolos / 36 poses cada
  • Fotos digitais tiradas: 860
  • Entrevistas realizadas (incluindo pesquisa): 12

Greenpeace protesta contra exploração de petróleo no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos

Fonte: Agência Brasil / Rivadavia Severo

Vestidos de baleias e com máscaras do empresário Eike Batista, ativistas do Greenpeace, ocuparam na manhã de hoje a sede do grupo EBX, do qual Eike é presidente, localizada na esquina das ruas do Passeio e Senador Dantas, no centro do Rio. Os manifestantes querem uma resposta da empresa com relação à suspensão da exploração de gás e petróleo nos arredores do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral da Bahia.

De acordo com a coordenadora da campanha Clima e Energia, do Greeanpeace, Leandra Gonçalves, a ideia da fantasia é mostrar que as dez empresas nacionais e estrangeiras envolvidas na exploração de petróleo estão ameaçando a população de cerca de 10 mil baleias jubartes que se reproduzem na região.”A montagem da atividade, da ação direta não violenta, foi fazer uma alusão a quem de fato pode estar causando algum dano, alguma ameaça para esses animais”.

Ainda segundo Leandra, foram enviadas cartas às dez empresas proprietárias de blocos na região no dia 26 de julho, mas as de Eike Batista e sua sócia, a petroleira Perenco, não deram resposta. ”No dia 5 de agosto, mais de 13 mil ativistas enviaram cartas as essas empresas exigindo apoio a essa moratória e devolução dos blocos de exploração nessa área e também não houve nenhuma resposta”.

Para o diretor de segurança corporativa da EBX, André Aldgeire, a empresa está aberta ao diálogo, desde que seja de forma pacífica e legal. “Nós sempre cedemos para diálogos, mas não na pressão. Na pressão é um negócio complicado”.

Queremos a matriz energética brasileira limpa!

As mudanças climáticas, a pressão da agricultura e pecuária sobre nossos recursos florestais e biodiversidade, o desmatamento, o crescimento desordenado de cidades e a crescente escolha de combustíveis fósseis para a geração de energia estão dentre as principais ameaças às belezas desse imenso país tropical, o Brasil.

A qualidade de vida da população brasileira, milhares de espécies, florestas e rios estão em jogo!

Clique aqui e envie uma mensagem para as autoridades brasileiras pedindo que sejam adotadas as medidas propostas pelo estudo Agenda Elétrica Sustentável 2020 no Plano Nacional de Energia 2030 e deixem que o Brasil continue sendo referência nas questões de geração de energia limpa.

Expedição no rio Pelotas

pelotas_02.jpgDurante três dias dentro de um bote, ambientalistas e técnicos da Apremavi, Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses, Ativa Rafting, Universidade Federal de Santa Catarina e Ministério do Meio Ambiente, desvendaram as águas repletas de História do Rio Pelotas.

Localizado entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o Pelotas é um dos principais rios do sul do Brasil e alimenta, junto ao Rio Paraná, as águas do rio do Prata.

Foto: Edegold Schaffer

Acesse o site da Apremavi e conheça o relato da expedição >

Rosseto inaugura unidade esmagadora de mamona no Ceará

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, inaugurou hoje em Crateús, interior do Ceará, a Unidade Esmagadora de Mamona do Rio Poty, da empresa Brasil Ecodiesel, em parceria com o governo federal e o governo estadual. O projeto, que começou no Piauí, é parte do Programa Nacional de Biodiesel que, segundo o ministro, deve beneficiar até 2006, 200 mil famílias em toda a região do Semi-Árido.

“O biodiesel é um projeto estratégico e prioritário para o presidente Lula porque diminui a dependência do Brasil do combustível externo e retém no país essa parcela da renda brasileira que hoje é exportada”, disse Rosseto.

O ministro comparou a importância do Programa de Biodiesel com do programa Proálcool, dos anos 70. “Nós aprendemos com o Proálcool, com os erros do Proálcool, e por isso podemos fazer com que o biodiesel seja a alternativa como combustível para o país”, afirmou.

Plenário aprova MP do Pacote Verde

O Plenário da Câmara aprovou a Medida Provisória 239/05, conhecida como MP do Pacote Verde. A medida permite ao Executivo editar decreto para impedir o desmatamento de áreas que estejam em estudo para a criação de unidade de conservação quando o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) avaliar que há risco de dano grave aos recursos naturais existentes.

O texto, votado na forma de um projeto de lei de conversão do deputado Nicias Ribeiro (PSDB-PA), modifica a redação do principal artigo da MP – que trata da proibição de atividades degradadoras do meio ambiente. Ele exclui da proibição de corte raso da floresta e das demais formas de vegetação nativa as atividades agropecuárias, obras públicas licenciadas e outras atividades econômicas em andamento de acordo com a legislação ambiental.

Passageiros ganham sementes de angico

O Ibama está distribuindo hoje (21), dia da árvore, 13 mil sementes de angico-vermelho, espécie nativa de quase todos os biomas brasileiros e que ocorre, principalmente, no cerrado. A distribuição está sendo feita nos terminais de embarque e desembarque do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília.

Cada passageiro irá receber quatro sementes e um folder com informações sobre o angico e a maneira de plantá-lo. Essa espécie foi escolhida por sua adaptação a diversos tipos de solo e clima e pela fácil germinação.

Essa espécie produz grande quantidade de sementes. Como tem crescimento rápido, é utilizada para reflorestamento de áreas degradadas. A árvore floresce todos os anos, e por isso é usada, também, como planta ornamental.

O angico tem madeira pesada, muito usada na construção naval e civil. A casca é rica em tanino, utilizado para curtir couro.

Laudo antropológico reconhece área de comunidade negra de Porto Alegre

A Prefeitura de Porto Alegre, a Fundação Cultural Palmares e o Ministério da Cultura, entregam oficialmente nesta segunda-feira, o laudo antropológico e histórico de reconhecimento de de área de uma comunidade negra na capital gaúcha.

Remanescentes de um quilombo, a Família Silva mora em terreno de 4.800 metros quadrados, em Três Figueiras, um dos bairros mais valorizados pelo mercado imobiliário da cidade. Cerca de 11 famílias descendentes de escravos habitam o local desde 1900.

O documento, que deverá agilizar os processos judiciais de propriedade da terra, ainda estão em tramitação em âmbito federal, definindo os verdadeiros proprietários do local. Ele marca mais uma etapa da disputa iniciada em 1964 pelo Movimento Negro Unificado, junto ao Ministério Público Federal.

Série sobre a Terra do Meio

Confira abaixo uma série de reportagens sobre a Terra do Meio, área localizada no coração da floresta amazônia no Pará. Realizado pelos jornalistas Macelo Canellas e Luís Quilião para o Bom Dia Brasil, este é um dos melhores trabalhos josnalísticos feitos sobre a região que na maioria das vezes é ignorada ou tratada com superficialidade pela mídia nacional.

Esta série nos ajuda a conhecer um pouco mais sobre o que acontece longe dos centros urbanos e do litoral. O especial aborda de forma clara e emocionante o sofrimento de brasileiros anônimos que vivem numa terra sem lei e abandonada pelo Estado.

Assista abaixo cada um dos episódios e ajude a divulgá-los:

Episódio 1 – Os Beradeiros

Episódio 2 – Os Grileiros