Expociência divulga produção científica e tecnológica

Agência Brasil – ABr – Durante a 54ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de amanhã (7) até dia 12, em Goiânia, se realiza a 10ª Expociência, cujo objetivo é divulgar a produção científica e tecnológica de universidades, institutos de pesquisa e empresas dos setores público e privado.

A iniciativa visa também aproximar empresas de base tecnológica, segmentos governamentais e acadêmicos e, a partir desse entrosamento, estimular a geração de negócios, além de propiciar oportunidade de interação entre os setores científico e tecnológico envolvidos na questão da produção de conhecimento e transferência para o setor industrial.

Observatório Nacional (ON), Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) são algumas das unidades de pesquisa vinculadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) que participam da Expociência.

O ON, que está completando 175 anos, mostrará trabalhos e resultados obtidos nas áreas de astronomia e astrofísica, geofísica e tempo e freqüência. Será apresentada a homepage do ON, a revista eletrônica da instituição e ainda será lançado o site Brincando com Ciência, voltado para crianças e adolescentes.

A mostra do INT aborda quatro temas: Gás Natural; Uso eficiente de energia (com maquete de uma casa e as medições de consumo de energia elétrica gasto pelos utensílios domésticos); Prototipagem Rápida e INT 80 anos. O Inpa mostra as belezas da região amazônica, com painéis temáticos do Bosque da Ciência, de peixes comerciais, da flora e água; coleção de insetos; amostra de madeiras da amazônia; couro de peixe; bicomposto de madeira e frutos tropicais.

Quem ainda não teve a oportunidade de ver um satélite poderá conhecer toda sua estrutura a partir das três maquetes que o Inpe montou. Três modelos de artefato estarão expostos: CBERS, SCD-2 e Masco.

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Índios recebem orientação sobre saúde, em Goiás

Agência Brasil – ABr – Os 122 índios karajá da aldeia Buridina, no município de Aruanã, Goiás, estão participando de uma série de atividades de educação em saúde para prevenir doenças sexualmente transmissíveis e aids (DST/Aids), alcoolismo, uso de drogas e gravidez precoce.

Além de informações sobre estes temas, os indígenas recebem orientação sobre saneamento e hábitos de higiene. As atividades são promovidas pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde (MS). O trabalho, que se estende até o dia 17, objetiva evitar as influências negativas do turismo no cotidiano da comunidade indígena.

A ação conta com a parceria da Secretaria de Saúde do município e envolve técnicos das áreas de saneamento, epidemiologia e educação em saúde. Entre as atividades programadas, constam a realização de palestras, distribuição de preservativos, apresentação de peças teatrais e vídeos sobre os temas abordados.

O material didático usado, como cartilhas, cartazes e folderes, foi traduzido para a língua karajá. O nome do projeto também está na língua nativa: Awire Sohè. Trata-se de uma saudação indígena que eqüivale ao cumprimento "tudo bem!".

Também foram preparadas palestras sobre o destino adequado para o lixo doméstico, a importância do consumo de água tratada e do uso das instalações sanitárias. Essas orientações propiciarão o melhor aproveitamento, pela comunidade, dos sistemas de água e esgoto implantados no local pela Funasa, além do serviço de coleta pública de lixo, disponibilizado pelo município. A Fundação irá instalar 18 lixeiras próximas às residências dos índios com capacidade para 100 litros cada.

Todos os anos o fluxo de turistas para o estado de Goiás aumenta significativamente durante a temporada de praias no rio Araguaia, nos meses de julho e agosto, período de estiagem na região Centro-Oeste. O contato com alguns turistas indesejados contribui para a disseminação de hábitos insalubres entre os índios, como o consumo de álcool e drogas.

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Degradação de nascentes em Brasília

Agência Brasil – O conselheiro do Fórum Ambientalista do Distrito Federal e Entorno João Arnolfo Carvalho e moradores da região de Sobradinho denunciaram hoje à imprensa a degradação ambiental em uma nascente do córrego Sobradinho e a exploração indevida da região, que fica próxima à Área de Proteção Ambiental (APA) da Cafuringa. Segundo João Arnolfo, a área é pública e está localizada junto ao Pólo de Cinema de Sobradinho, na borda da Chapada de Contagem.

"As mineradoras e cascalheiras têm grande interesse nessa região, e o decreto para legalizar o zoneamento ambiental da APA está com o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz. Porém, há um grande interesse das mineradoras em reabrir o processo e fazer uma nova audiência pública sobre o zoneamento ecológico da área da Cafuringa", afirmou.

Funasa realiza oficina sobre vacinação de indígenas

Agência Brasil – ABr – A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde, realiza esta semana, em Porto Velho (RO), uma oficina para atualizar o conhecimento de cerca de 80 profissionais de saúde sobre eventos adversos com vacinas, rede de frio e cobertura vacinal em áreas indígenas. Com esta iniciativa, a Funasa intensificará a redução da mortalidade dos índios brasileiros em decorrência de doenças que podem ser evitadas com vacinas, como a tuberculose, o tétano, a varicela e a gripe, entre outras.

De acordo com dados parciais da Funasa, as mortes por doenças preveníveis por vacinas entre os índios caíram de 90 casos, em 2000, para 34 em 2001 – uma redução de cerca de 62,2%. Outras cinco oficinas serão realizadas em Manaus, AM, de 15 a 19 de julho; Belém, de 22 a 26 de julho; Maceió, de 5 a 9 de agosto; Campo Grande, de 2 a 6 de setembro; e Cuiabá, 9 a 13 de setembro. A oficina em Porto Velho, que termina em 5 de junho, também discute o trabalho dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) com as coordenações de imunizações dos estados e municípios para adequar as estratégias de vacinação à realidade de cada povo.

IDM
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Funasa promove ações de educação em saúde para índios de Goiás

Funasa – Os 122 índios karajá da aldeia Buridina, no município de Aruanã, Goiás, participam desde hoje de uma série de atividades de educação em saúde para prevenir doenças sexualmente transmissíveis e aids (DST/Aids), alcoolismo, uso de drogas e gravidez precoce. Além de informações sobre estes temas, os indígenas receberão orientação sobre saneamento e hábitos de higiene. As atividades estão sendo promovidas pela Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, órgão executivo do Ministério da Saúde. O trabalho, que se estende até o próximo dia 17, tem por objetivo evitar as influências negativas do turismo no cotidiano da comunidade indígena.

A ação conta com a parceria da Secretaria de Saúde do município e envolve técnicos das áreas de saneamento, epidemiologia e educação em saúde. Entre as atividades programadas constam a realização de palestras, a distribuição de preservativos, a apresentação de peças teatrais e vídeos sobre os temas abordados. O material didático usado, como cartilhas, cartazes e folderes, foi traduzido para a língua karajá. O nome do projeto também está na língua nativa: Awire Sohè. Trata-se de uma saudação indígena que eqüivale ao cumprimento "tudo bem!".

Também foram preparadas palestras sobre o destino adequado para o lixo doméstico, a importância do consumo de água tratada e do uso das instalações sanitárias. Essas orientações propiciarão o melhor aproveitamento pela comunidade dos sistemas de água e esgoto implantados no local pela FUNASA, além do serviço de coleta pública de lixo, disponibilizado pelo município. A Fundação instalará 18 lixeiras com capacidade para 100 litros cada próximas às residências dos índios.

Todos os anos o fluxo de turistas para o estado de Goiás aumenta significativamente durante a temporada de praias no rio Araguaia, nos meses de julho e agosto, período de estiagem na região Centro-Oeste. O contato com alguns turistas indesejados contribui para a disseminação de hábitos insalubres entre os índios, como o consumo de álcool e drogas.

ndios Terena bloqueiam BR-163

ROTA BRASIL OESTE – A rodovia foi interrompida na noite de ontem no Km 114, região de Rondonópolis-MT. Os cerca de 300 índios protestam contra a demora na prometida desapropriação da fazenda Tarumâ, no município de Guiratinga, a cerca de 315km de Cuiabá.

Essa é a quinta vez que os Terena obstruem a BR-163 em menos de dois anos. Em sua última ocupação, tomaram como reféns um grupo de jornalistas e os ameaçaram fisicamente.

<i>Fábio Pili</i>

Amazônia poderá ter Centro de Plantas Medicinais

Agência Câmara – A região amazônica poderá sediar o Centro Nacional para Estudos, Conservação e Manejo das Plantas Medicinais Brasileiras, subordinado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A proposta foi elaborada pelo ex-deputado Freitas Neto no Projeto de Lei 1915/99, aprovado na semana passada (26) na Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias.

<b>Proteção às plantas</b>

O Centro proporá normas de controle e uso dos diferentes biomas brasileiros, fomentará estudos ecológicos, botânicos e farmacológicos e promoverá a conservação e uso sustentável das plantas medicinais.
"Somos detentores de um imensurável patrimônio de plantas medicinais, dentre outros organismos vivos", afirma o relator da matéria, deputado Paulo Baltazar (PSB-RJ). Baltazar destaca que muitos princípios ativos dos medicamentos modernos são extraídos de plantas. As grandes indústrias farmacêuticas investem centenas de milhões de dólares na pesquisa com plantas em busca de novos e revolucionários medicamentos. "As plantas medicinais representam um patrimônio potencial da ordem de bilhões de dólares. Entretanto, esse patrimônio está sendo apropriado por grupos privados estrangeiros sem que o País receba qualquer benefício", denuncia.

O relator apresentou cinco emendas ao Projeto, alterando, dentre outros, a situação das permissões, autorizações e licenças para coleta de plantas medicinais concedidas antes da vigência da Lei. De acordo com a emenda aprovada, essas licenças deverão ser ajustadas às normas estabelecidas pelo Centro Nacional para Estudos, Conservação e Manejo das Plantas Medicinais Brasileiras. O projeto também inclui no rol das contravenções penais a destruição de plantas medicinais ou sua utilização sem a competente licença.

A proposição foi aprovada também pelas comissões da Amazônia e de Desenvolvimento Regional; e de Seguridade Social e Família. A seguir a matéria será examinada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.

Da Redação/ND

Rio de Janeiro formará 1440 jovens carentes em agentes ambientais

Agência Brasil – ABr – O projeto Cidadania Ambiental, que será lançado nos próximos dias pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo formar 1.440 jovens de comunidades carentes em agentes ambientais. Os jovens receberão uma bolsa, cujo valor ainda será definido. Os escolhidos para participarem do projeto, que será lançado durante um seminário, serão alunos do ensino médio.

A iniciativa, que conta com a parceria da Secretaria Estadual de Educação, é uma reformulação do projeto Verde Que Te Quero Verde, implantado há dois anos, com irregularidades, e que já consumiu 59% dos recursos a ele destinado. “Meu objetivo, além de resguardar e bem utilizar a parte dos recursos que nos resta aplicar neste programa, é que o governo do estado contribua para formar agentes ambientais nas comunidades participantes e, desse modo, consiga multiplicar as ações voltadas para educação e proteção ambientais nas regiões atendidas”, informou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Liszt Vieira.

As novas diretrizes do projeto foram definidas em parceria com a Fundação José Pelúcio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Angélica Gramático
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STF

Comunidades indígenas da Amazônia receberão capacitação

Agência Brasil – ABr – Quatro oficinas de capacitação serão realizadas, em julho e agosto, para orientar as nove organizações indígenas da Amazônia brasileira que foram selecionadas na primeira avaliação do Programa de Demonstrativo dos Povos Indígenas (PDPI). O programa destinará mais de R$ 1 milhão para projetos de desenvolvimento sustentável nas comunidades dos nove estados da região.

Em julho, serão capacitadas, em Rio Branco (AC), as equipes que vão atuar na implantação e desenvolvimento do projeto "Capacitação das Comunidades para a Fiscalização das Terras Indígenas do Acre e do Sul do Amazonas", apresentado pela União das Nações Indígenas do Acre (UNI). No município de São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro, no Amazonas, as organizações indígenas que apresentaram os projetos "As Mulheres Ticuna Tecem sua História com a Matéria-Prima", "Melhoria Alimentar, Resgate Cultural e Comercialização de Produtos Yanomami", "Centro Educacional Tariano", e Projeto de Piscicultura do Alto Rio Tique" também receberão treinamento.

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AS

Mineradoras ameaçam terras indígenas

ROTA BRASIL OESTE – Os caciques Raoni, Aritana e outros líderes indígenas estiveram ontem no Congresso para entregar ao presidente da Câmara, Aécio Neves, um manifesto contra o projeto de lei que regulamenta a mineração em terras indígenas. Com apoio de Fernando Gabeira (PT-RJ), eles tiveram a garantia que a proposta não entrará em votação este ano.


Foto: Fernando Zarur

O projeto – de autoria do senador e vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR) – é visto como um grave risco às comunidades por várias ONGs e pesquisadores. “O Jucá é tipo o juiz da Fifa, fica roubando da gente”, acusou o índio Álvaro Tucano. Nas várias tentativas de votação da lei, as organizações de defesa das comunidades indígenas se uniram para barrar a aprovação. Em abril de 98, por exemplo, várias organizações distribuíram um e-mail pedindo apoio da opinião pública para a causa.

Um levantamento do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), destacou sete pontos da lei que ameaçam o futuro das comunidades. Não existe, por exemplo, obrigatoriedade da realização de estudos ambientais ou limites para o requerimento de exploração dentro das terras indígenas. O instituto realizou um estudo mostrando que 59.46% da área Yanomami está nesta situação, mas existem reservas com até 100% de seu território potencialmente comprometido. “Não somos contra a mineração em áreas indígenas, ela pode ser feita, mas desde que tenhamos garantias e limites”, explica a coordenadora do ISA, Adriana Ramos. “A lei não traz vantagem econômica nenhuma para os povos e ainda ameaça sua cultura e meio-ambiente.”

O projeto prevê, ainda, condições especiais para “viabilizar a participação de empresas de mineração pertencentes às próprias comunidades indígenas”. Os especialistas temem que os índios sejam aliciados para funcionarem como laranjas para grandes corporações.

Jucá se defendeu dizendo que os índios são “massa de manobra” e as acusações não são representativas. “Fiz algo que não é ótimo pra ninguém, mas bom pra todos”, justificou. “As comunidades serão consultadas e terão direito de dizer não”. Na sua opinião, os únicos interessados em não aprovar a lei seriam os próprios garimpeiros. Ele define garimpo como uma atividade desorganizada e prejudicial ao país, e mineração como algo correto que garante recursos tanto pros índios quanto para a União.

Funai

Essa polêmica teria sido a causa da exoneração do funcionário de carreira da entidade e então presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Glênio da Costa Alvarez. Coincidência ou não, no dia anterior ele havia declarado à Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias (CDCMAM) que era contrário ao projeto de mineração.

A justificativa divulgada na imprensa seria que Alvarez estaria “ultrapassando os limites do cargo e teria problemas de relacionamento com diversas etnias”. O senador, que presidiu a Funai entre maio de 1986 e setembro de 1988, garante que não interferiu para retirar Alvarez da presidência. “Isso é uma bobagem, até porque a fundação não tem poder de decidir sobre lei nenhuma”, comenta.

Apesar disso, tudo indica que Jucá tenha usado sua influência como vice-líder do governo para acabar com as resistências da instituição. “Quem demitiu o presidente da Funai foi o ministro da justiça, é difícil dizer se houve mais coisa por trás”, admite o deputado Fernando Gabeira (PT-RJ). “Isso não muda muito a política do governo nessa área que é quase sempre esquecida, eles vão continuar como sempre: empurrando com a barriga”.

A Funai também foi alvo de várias acusações por parte dos índios que estiveram no Congresso. A atual administração, ligada a Jucá, estaria proibindo lideranças indígenas de virem a Brasília. “A Funai está fraca, não consegue mais defender a gente”, diz o principal cacique do Xingu, Aritana.

Alguns indígenas denunciam que a fundação estaria encobrindo crimes por causa de influência política. “Trouxe várias coisas para Brasília mostrando que tem muita coisa errada acontecendo em territórios Yanomami em Roraima, estupro, padre com filho, roubo de ouro e ninguém faz nada por causa dos políticos”, conclui Fetxaetoxoluwa, do grupo fulni-ô.

Fernando Zarur