Ibama lança atlas sobre as 243 Unidades de Conservação federais

Brasília – Em parceria com a iniciativa privada, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) lançou hoje o Atlas de Conservação da Natureza Brasileira. De acordo com o presidente do Ibama, Marcus Barros, o livro "pode ajudar na conservação pela educação ambiental e sensibilização da população".

O Atlas traz fotos e textos das 243 Unidades de Conservação (UCs) federais brasileiras. "O objetivo não é mapear, mas divulgar as UCs, mostrar fotos e contextos com informações detalhadas sobre fauna e flora", diz Barros. Também pode ser encontrada, na obra, a relação e mapeamento de todas as UCs brasileiras, além da legislação relativa a cada uma delas.

Nas 336 páginas do livro, cerca de 200 fotografias de todas as unidades revelam espécies características de cada bioma, imagens de satélite e mais de 40 mapas. "Não é um panorama qualitativo, ele traz um resumo e uma visão geral do que sejam as UCs", diz Ronaldo Graça Couto, idealizador da obra, que custou R$ 500 mil, captados por meio da Lei Rouanet.

"O que o atlas traz de novo é a reunião de informações técnicas sobre todas as UCs num mesmo livro, com características de livro de arte", diz Graça Couto, para quem o mais difícil foi captar os recursos – trabalho de três anos.

Nas livrarias, o atlas custa R$ 160. O Ibama entrou apenas com recursos humanos, "suporte técnico para mostrar as características pormenorizadas, em campo, na definição da fauna e da flora e beleza paisagística", segundo Marcus Barros. Entre fotógrafos, técnicos e autores, mais de 40 pessoas trabalharam durante um ano na elaboração do atlas. Dos 6 mil exemplares editados, 600 foram doados à Biblioteca Nacional.

As 243 UCs somam 52 milhões de hectares de todos os biomas nacionais – 49,4% se encontram na Amazônia; 12,5% na Mata Atlântica; 10,3% na Caatinga; 23,9% no Cerrado; 1,8% no Pantanal e 2,1% nos Pampas. Apesar da quantidade, as UCs representam apenas 10% do território brasileiro. O presidente do Ibama diz que a meta é chegar a 15% até o final do governo e que o ideal seriam 20% do território nacional destinados à conservação.

As Unidades de Conservação são divididas em 12 categorias: parque nacional, reserva biológica, estação ecológica, refúgio de vida silvestre, área de proteção ambiental, área de relevante interesse ecológico, reserva extrativista, floresta nacional e reserva particular do patrimônio natural.

Diferentes fatores podem caracterizar uma UC. A biodiversidade é fundamental para que um lugar seja transformado em reserva destinada a pesquisas e proibida a visitações. Já a paisagem de um local pode transformá-lo em uma unidade de conservação destinada ao turismo. De acordo com o Ibama, em termos percentuais o Brasil é a segunda nação do mundo que mais protege ambientalmente seu território, suas espécies e seus ecossistemas.