Oficina discute turismo sustentável no Baixo São Francisco

O Ministério do Meio Ambiente promove de amanhã (09/09) até sexta-feira, em Aracaju (SE), oficina de Integração e Planejamento do Turismo Sustentável no Baixo São Francisco. O evento é uma das ações do Programa Nacional de Ecoturismo da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do MMA, lançado este ano. O objetivo é iniciar processo de desenvolvimento de dois pólos de turismo na região do Baixo São Francisco: Pólo Foz do São Francisco, incluindo a APA de Paiaçabuçu, Penedo (AL) e Propriá (SE), e o Pólo do Cânion do São Francisco, incluindo Xingó e Paulo Afonso.

A proposta da oficina é discutir com os parceiros locais um planejamento estratégico participativo, com base nos principais projetos de turismo já existente, seja no âmbito federal e também nos estados e nas regiões envolvidas. As ações de capacitação nos pólos ecoturísticos estão sendo desenvolvidas pelo MMA por meio de parceria ou convênios com empresas e instituições de ensino.O Programa Nacional de Ecoturismo busca construir uma agenda multilateral e estruturar o desenvolvimento do segmento turístico no país, focalizando as áreas protegidas e seus entornos, onde se concentram os principais destinos ecoturísticos nacionais. São parceiros do evento: Ministério do Turismo, por meio do Programa Roteiros do Brasil; e o Programa de Turismo Sustentável do Baixo São Francisco da Codevasf.

Brasil terá levantamento detalhado de cobertura vegetal por bioma

Até o segundo semestre de 2005 o Brasil terá um levantamento detalhado dos remanescentes da cobertura vegetal em cada um de seus seis biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Campos Sulinos. O trabalho inédito, encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), fornecerá instrumentos para formulação de políticas públicas e utilização sustentável da biodiversidade do país. Como resultado, o país irá dispor de atlas, mapas gerais e regionais e uma base de dados sobre a cobertura vegetal.

A iniciativa irá uniformizar as informações sobre os biomas brasileiros, permitindo maior eficácia no planejamento de ações de conservação. Há uma grande diferença, também, em termos de qualidade e quantidade de informações sobre os diferentes biomas. A maior quantidade de dados é sobre a Amazônia e a Mata Atlântica, os únicos com programas permanentes de monitoramento da evolução da cobertura vegetal. Na Caatinga, por exemplo, o último levantamento parcial foi realizado há 15 anos. Para o Cerrado há apenas mapeamentos parciais realizados em alguns estados, mas sem dados gerais sobre o bioma.

Mesmo nas áreas mais documentadas, como a Amazônia e Mata Atlântica, os mapas são parciais e utilizam metodologias diferenciadas, dificultando análises comparativas. O gerente de Conservação da Biodiversidade do MMA, Bráulio Dias, informa que o trabalho deverá trazer novidades até mesmo sobre a Amazônia, que conta com um levantamento anual do desmatamento feito pelo INPE, mas que mapeia apenas a perda de floresta densa. "O levantamento irá mostrar as modificações também em áreas de cerrado da Amazônia, nos campos de lavradio e nas campinas, ecossistemas típicos da região mas que não são alvo do monitoramento do INPE", explica Dias.

O mapeamento encomendado pelo MMA abrange a totalidade dos biomas e exige a utilização da mesma metodologia por todas as instituições contratadas. Os resultados serão apresentados na escala de 1:250.000. Nos mapas finais devem ser inseridas as bases cartográficas de hidrografia principal, divisão política, áreas urbanas, cidades, municípios, malha viária principal e tipologias de vegetação. Os mapas digitais serão fornecidos pelo MMA e o ano-base é o de 2002.  Para a obtenção das imagens foi firmado acordo com o Inpe/Funcate. O IBGE irá fornecer a base cartográfica além de realizar o acompanhamento dos trabalhos juntamente com o MMA.

Um comitê de especialistas aprovou as propostas enviadas para cinco biomas. A proposta para a Mata Atlântica foi rejeitada por apresentar problemas técnicos e o Probio/MMA irá lançar, em breve, novo edital para o bioma.

Instituições responsáveis pelo levantamento:

CAATINGA
Associação Plantas do Nordeste – APNE
 
CAMPOS SULINOS
Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – FAURGS
 
CERRADO
Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Agronegócio – FAGRO
 
PANTANAL
Embrapa Informática Agropecuária – CNPTIA
 
AMAZÔNIA
Inpe/Funcate