ndios do Xingu libertam quatro dos 12 reféns que mantêm desde quarta-feira

Brasília – Indígenas da etnia Ikpeng, do Xingu, em Mato Grosso, libertaram no domingo (24) à tarde quatro dos 12 reféns que mantêm desde quarta-feira (20) na aldeia Moygu. Entre os libertados um é agente da Fundação Nacional do Índio (Funai) e os outros três são pesquisadores do Instituto Creatio, que trabalham para a Paranatinga Energia, empresa que está construindo uma usina hidrelétrica no Rio Culuene, afluente do Rio Xingu.

As lideranças indígenas que tinha resolvido ir a Brasília no sábado (23) para negociar a libertação dos reféns desistiram da viagem.

Nesta segunda-feira (25), a Funai enviou uma agente indigenista para se reunir com os Ikpeng a fim de negociar uma solução para o caso. A proposta das lideranças indígenas é que o presidente da Funai, Márcio Meira vá até a aldeia Moygu para negociar com os indígenas. Márcio Meira, no entanto, descarta ir ao Xingu enquanto os reféns não forem libertados.

Os pesquisadores estão a serviço da Paranatinga Energia S/A e faziam o levantamento de impacto ambiental quando foram retidos no posto Pavuru, da Funai. Os reféns da Funai são também indígenas, e entre eles está o próprio administrador regional Tamalui Meinako.

Na última sexta-feira (22) a Funai enviou três aviões para a aldeia Moygu para apanhar os líderes indígenas e lavá-los a Brasília para uma reunião com a direção da Funai.

ndios do Xingu negociam com presidente da Funai libertação de 12 reféns

Brasília – A convite do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, 50 guerreiros da etnia Ikpeng, do Parque Nacional do Xingu, no nordeste de Mato Grosso, devem chegar a Brasília amanhã para negociar a libertação dos 12 reféns que estão em poder dos indígenas desde quarta-feira (20).

De acordo com a Funai, os Ikpeng vão se deslocar de avião de Paranatinga, onde vivem, até o município vizinho de Canarana, em 12 grupos, de onde partem para a capital em três ônibus fretados. Cada grupo terá a guarda de um dos reféns.

A reunião entre os indígenas e o presidente da Funai está prevista para este sábado (24).

Os indígenas do Xingu fizeram reféns oito pesquisadores a serviço da Paranatinga Energia, que faziam o levantamento de impacto ambiental da área para a construção de uma pequena central hidrelétrica, e quatro agentes da Funai, que também são indígenas. Todos ficaram no posto

Pavurú . Entre os reféns está o próprio administrador regional da Funai, Tamalui Meinako.

O convite de Márcio Meira é uma contra-proposta da Funai às lideranças do Xingu, que nesta quinta-feira (22) enviaram um comunicado ao Instituto Sócio Ambiental (ISA), exigindo a presença do presidente da Funai e do presidente da Paranatinga Energia na aldeia como condição para libertar os 12 reféns.

O motivo alegado pelos indígenas para a prisão dos 12 reféns é o descontentamento com os possíveis impactos ambientais causados pelas obras de uma pequena central hidrelétrica na região, que está sendo construída junto ao rio Culuene, afluente do rio Xingu.