Meio Ambiente lança campanha de combate ao tráfico de animais

Agência Brasil – ABr – O ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, anunciou, nesta semana, o lançamento da segunda etapa da Campanha Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, que está sendo realizada em parceria com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas). Com apoio do Programa Nacional de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, foram produzidos vídeos, cartazes e folders que serão distribuídos, a partir do final do mês, para universidades, escolas, organizações não-governamentais e centros de pesquisa.

O ministro informou que irá propor aos ministros de Meio Ambiente ibero-americanos a criação de uma rede internacional de combate ao tráfico de animais silvestres. O objetivo é atacar o tráfico na sua ponta principal, a do consumo, conseguindo a cooperação dos países compradores para que possam inibir o comércio ilegal de animais. “É evidente que o sucesso dessas iniciativas depende dos entendimentos que o governo federal vem realizando no âmbito internacional, especialmente com os países que são os receptores da fauna silvestre que é contrabandeada do Brasil”, afirmou o ministro, que participa, a partir de quinta-feira, na República Dominicana, do II Fórum Ibero-Americano de Ministros de Meio Ambiente.

Entre os países que mais compram espécimes da fauna e flora brasileira estão so Estados Unidos, Canadá, Japão, Inglaterra, França. Segundo o coordenador geral da Renctas, Dener Giovanini, o tráfico de animais só perde para o tráfico de drogas e armas em volume de dinheiro. "Hoje no Brasil existem 400 quadrilhas especializadas que usam as mesmas rotas das drogas, movimentando com o tráfico internacional entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões”, disse.

Segundo o ministro do Meio Ambiente, uma das grandes dificuldades de combate ao tráfico está em suas características de crime organizado, com a formação de redes que se espalham por diversos setores. Ele explicou que o MMA está articulando um grande esforço de fiscalização com as com polícias ambientais dos estados de maneira a formar uma rede de fiscalização da fauna e do tráfico de fauna com mais de 5 mil fiscais.

Carvalho anunciou ainda a criação de uma rede de unidades do Ibama nas áreas de fronteira que terá como uma de suas missões inibir o tráfico de animais silvestres. “Além disso, estamos fortalecendo a atualização do Ibama nas áreas de captura para que possamos no curto prazo inibir o processo de captura e comercialização ilegal e, no médio prazo, reverter esse quadro de utilização ilegal da fauna e flora brasileira”, destacou o ministro.

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GM

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