Funai continuará ação contra invasores de terras indígenas

Funai – A presidência da Funai e o Ministério da Justiça estudam, esta semana, a continuidade da ação indigenista, que vem sendo desenvolvida desde o começo deste ano, para proteger as comunidades indígenas de Rondônia, principalmente os Cinta Larga, mais afetados pelo garimpo de diamante na Terra Indígena Parque do Aripuanã. Ao todo são 2.732.557 hectares de terras indígenas, ameaçadas pela ação de garimpeiros de diamante e madeireiros, que afetam quatro terras contínuas em Rondônia e noroeste do Mato Grosso: Terra Indígena Roosevelt, Terra Indígena Serra Morena, Terra Indígena Aripuanã e Terra Indígena Parque do Aripuanã.

O coordenador do Grupo Tarefa, assessor técnico da presidência e indigenista, Walter Blos, em reunião com o presidente da Funai, Eduardo Aguiar de Almeida, ontem (17), fez um relato do trabalho conjunto, centralizado na Administração Executiva Regional (AER) de Cacoal (RO), e realizado com o apoio das AERs de Porto Velho (RO), Guajará Mirim(RO) e Manaus (AM). Em seu relato, Blós mostrou ao presidente que as comunidades indígenas estão decididas a refutar as invasões, mas que necessitam da implementação de diversas ações para que haja uma alternativa sócio-econômica e de resgate cultural para o
fortalecimento da valorização dos indígenas.

Blós falou sobre a dedicação da equipe do Grupo Tarefa e elogiou o desempenho de todos que estão trabalhando neste momento na proteção aos Cinta Larga. Contou sobre as oficinas para resgate cultural, que tiveram início neste mês e estão sendo realizadas em cinco aldeias Cinta Larga, devendo prosseguir até junho. Falou sobre a importância da continuidade do trabalho, que deverá tornar-se rotina para trazer resultado efetivamente positivo para as comunidades.

O provável envolvimento de autoridades e políticos com o garimpo de diamante foi outro ponto levantado na conversa com o presidente da Funai.Na sexta-feira passada (14), Almeida já havia conversado com o Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, a quem relatou a gravidade da ameaça à integridade dos Cinta Larga e da equipe da Funai, que permanece acampada no local do garimpo, para garantir o afastamento dos invasores.

Hoje, às 18h, Almeida e Blós têm uma nova reunião no Ministério da Justiça e, na próxima semana, o presidente da Funai e representantes do governo federal, participantes do com o Plano Emergencial para Proteção Territorial e Apoio Sócio Econômico aos Cinta Larga, farão uma viagem à Rondônia.

Simone Cavalcante

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