Produção de mel orgânico em MS está em busca da certificação

Rede Aguapé – Apicultores do Pantanal de Mato Grosso do Sul já estão se preparando para entrar no mercado do mel orgânico. No dia 23 de março, produtores e pesquisadores discutiram bases para a implantação do sistema de produção do mel orgânico num workshop em Corumbá, com a presença de 80 participantes de todo o Estado. “Estimamos que em dois anos estaremos produzindo mel orgânico com certificação”, diz José Robson Bezerra Sereno, veterinário da Embrapa Pantanal que coordenou o workshop.

Para receber a certificação que legitima o produto como orgânico, o mel deve atender a uma série de exigências. Entre elas, a não contaminação por herbicidas, agrotóxicos e resíduos químicos, a preservação do ambiente de origem e até mesmo o tipo de cobertura das caixas da colméia que não podem ser de amianto.

Esta semana o pesquisador da Embrapa Meio Norte do Piauí, Ricardo Costa Rodrigues de Camargo, visitou mais de 20 apiários nos municípios de Aquidauana, Miranda, Jardim, Nioaque e Corumbá para indicar aos produtores as adaptações necessárias para que o mel receba a certificação de orgânico.

Arnildo Pott, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa que estuda há 22 anos a flora de Mato Grosso do Sul, conta que o Pantanal tem potencial em abundância para atender aos mercados mais exigentes a procura do mel orgânico. “Mais de 278 espécies de plantas no Pantanal apresentam potencial para a geração de mel”, explica Pott.

Ele acrescenta que as flores do Pantanal tem vantagem de “não apresentarem resíduos de agrotóxicos”. O pesquisados diz que as plantas apícolas (que têm potencial para geração de mel) estão espalhadas pela região e há floradas praticamente durante todo o ano. “O Pantanal é propício a uma apicultura migratória, onde o apicultor leva a colméia para o local onde existem floradas”, explica Pott.

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