ndios passam mal com comida oferecida nos Jogos Indígenas

Agência Brasil – ABr – As refeições oferecidas nos Jogos Indígenas não agradaram os atletas. “Meu povo está muito mal, a comida servida no restaurante está causando diarréia e não temos muitas opções de refeição”, afirma Kuwexere Kyikateje, líder da etnia Gaviões Kyikateje. Vários casos de diarréia são diagnosticados diariamente pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). “As refeições feitas durante a viagem e a mudança de clima são as principais causas da diarréia”, justifica o coordenador estadual da Funasa, Carlos do Patrocínio. O órgão federal é responsável pela proteção da saúde indígena e participa do evento em parceria com a Secretaria de Saúde de Tocantins. Um posto de saúde e um estande foram instalados para atender os casos de emergência e realizar palestras com alunos das escolas de Palmas.

A consulta médica não é comum entre os índios, por isso a Funasa criou o agente de saúde indígena. A própria aldeia indica o índio que tem mais aptidão para o cargo. Edivaldo Apinaje é um agente indígena que atua há três anos em sua etnia e atende 703 pessoas. “No início foi difícil a aceitação, mas agora os índios utilizam os remédios e participam de palestras com freqüência”, afirma Edivaldo. Na última edição dos jogos morreram oito índios porque um deles teve sarampo e contagiou os outros.

A alimentação disponível para os índios é fornecida pelo restaurante Gullas, do Pará. O pajé de cada tribo recebe os tickets correspondentes ao número de pessoas em sua oca. São oferecidas quatro refeições diárias em horários determinados. Os índios reclamam da falta de carne assada na brasa e o excesso de óleo nas comidas. “Não podemos fazer esse tipo de carne porque a localização do restaurante é próxima das ocas e precisamos evitar acidentes”, afirma Eduardo Nunes, nutricionista do restaurante Gullas. Com isso, os índios evitam a comida do restaurante e comem fora da aldeia prejudicando o controle alimentar.

Thais Xavier

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