Funasa afasta risco de volta da febre amarela

Agência Brasil – ABr – A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) garantiu hoje não haver risco de reintrodução da febre amarela urbana no país. Abaixo, seguem alguns esclarecimentos do órgão sobre o assunto:

1. Existem dois tipos de febre amarela (FA): a urbana e a silvestre.

2. A febre amarela urbana foi erradicada no Brasil em 1942 e permanece erradicada até hoje.

3. A febre amarela silvestre ocorre em todos os países onde existem florestas e macacos. Os macacos servem como "reservatório" do vírus que transmite a doença, que é levada de um animal contaminado para outro, ou de uma pessoa contaminada para outra, por intermédio do mosquito Haemagogus sabethes, que vive somente em áreas de matas.

4. O Brasil possui vacina eficaz contra essa doença. A Funasa, em parceria com estados e municípios, intensificou a vacinação contra essa endemia em toda a extensa área onde ocorre circulação natural do vírus silvestre e das regiões contíguas, vacinando 61,3 milhões de pessoas no período 1998/2001.

5. No ano de 2000, foram registrados apenas 85 casos de febre amarela silvestre no Brasil; em 2001, foram 41 casos. Este ano, até o presente momento, foram notificados cinco casos. Para uma população de cerca de 170 milhões, do ponto de vista das estatísticas, estes números são
insignificantes.

6. Outra ação adotada pela Funasa para impedir casos de FA foi a intensificação das ações de Vigilância Epidemiológica, que nos permite, atualmente, detectar com muito mais sensibilidade do que no passado qualquer caso suspeito e fazer uma ação de bloqueio, se necessário.

7. Ao contrário da informação prestada pelo sr. Marcos Boulos à Agência Estado, é remota a hipótese de ocorrência de algum caso ou surto de febre amarela urbana. Diante desta remota hipótese, a Funasa esclarece que o episódio pode ser rapidamente isolado porque existe vacina e há condições de imunizar todos os moradores da área e viajantes que para lá se desloquem.

8. Portanto, a população que reside ou que se dirige às áreas endêmicas para febre amarela silvestre*, que porventura ainda não tenha sido imunizada, deve procurar um Posto de Saúde para receber a vacina contra a febre amarela e continuar tranqüila.

*Regiões Norte e Centro-Oeste do país e áreas de florestas nos estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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Empresários querem desenvolver o Centro-Oeste

Agência Brasil – ABr – Empresários do Centro-Oeste e dos Estados de Tocantins, Acre e Rondônia decidiram se unir para incentivar o desenvolvimento industrial da região. A idéia é criar uma entidade nos moldes da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), utilizando a estrutura do Mercoeste, mercado comum que reúne os sete Estados. A Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento do Centro-Oeste (SCO), vinculada ao Ministério da Integração, auxiliará a criação da entidade. A informação é da ministra interina da Integração Nacional, Dayse Kinzo, que abriu hoje o encontro de técnicos e empresários da região, na Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra).

O encontro vai delinear a melhor opção para constituir a entidade, que pode tornar-se o embrião da Agência de Desenvolvimento do Centro-Oeste. Para a ministra, a Oscip dos empresários pode funcionar como a InvestBrasil, organização pública de captação de recursos nacionais e internacionais e de apresentação de oportunidades de negócios diretos no país. “Fiquei muito satisfeita e surpresa com o movimento do empresariado para buscar uma alternativa que pode ser um braço de apoio ao desenvolvimento do Centro-Oeste”, parabenizou a ministra. “Não é preciso ser uma agência, mas uma estrutura mais flexível e inovadora”, completou.

O secretário extraordinário de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Marcos Formiga, acredita que em dois meses deve estar decidida a estrutura da instituição. O empresariado tem pressa em definir a nova entidade. “É urgente montar essa estrutura, que parte da iniciativa privada e busca o apoio do governo, nossa oportunidade é esta”, avisou o presidente da Fibra, Lourival Dantas.

Para Dayse Kinzo, o trabalho está avançado e, de agora em diante, é preciso estimular as cadeias produtivas da região e a organização de novas mesorregiões, como a Mesorregião de Águas Emendadas, grupo de municípios com problemas e potenciais comuns que se unem para buscar soluções e oportunidades de negócios comuns. “Podemos substituir o federalismo competitivo, que incentiva a guerra fiscal, pelo federalismo cooperativo”, justificou a ministra.

O Mercoeste, projeto conduzido desde 1997 pelas Federações das Indústrias, com patrocínio do Senai, financiou estudos de identificação do perfil competitivo nos Estados da região. O trabalho servirá de base para a criação do novo órgão empresarial. No Distrito Federal as cadeias produtivas estudadas foram informática, construção civil, vestuário, móveis e turismo. Em Goiás, foram identificadas as cadeias produtivas de carne, couro e leite, fruticultura, piscicultura, móveis, construção civil, algodão/vestuário e aves e suínos.

Em Mato Grosso as áreas foram piscicultura, construção civil, cana-de-açúcar, madeira/mobiliário, algodão/vestuário, soja e milho, turismo, bovinocultura, aves e suínos. Em Mato Grosso do Sul as cadeias produtivas estudadas foram carne e leite, piscicultura, madeira/móveis, construção civil, algodão/vestuário, turismo e soja. Em Tocantins foram pesquisadas empresas dos setores de carne, couro e leite, fruticultura, piscicultura, madeira/móveis, construção civil, algodão/vestuário, turismo e milho, arroz e soja.

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Funasa treina profissionais para acompanhar saúde indígena

Agência Brasil – ABr – A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) inicia no próximo mês a capacitação dos profissionais que vão operar o sistema informatizado de monitoramento da saúde indígena no país. O Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi) vai aprimorar o acompanhamento da situação da saúde dos índios e agilizar a tomada de
decisões sobre ações de combate, controle e prevenção de doenças.

A Funasa vai capacitar 284 técnicos, em treinamentos nas cidades de Canela (RG), de 03 a 07 de junho, em Fortaleza (CE), de 10 a 14 de junho, em Manaus (AM), de 17 a 21 de junho, e em Belém (PA), de 24 a 28 de junho.

Após a capacitação, o Siasi entrará em funcionamento nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei). A previsão da Funasa é colocar o sistema em plena operação até o final do mês de agosto, interligando cada um dos 34 Dsei do país e a sede da Fundação, em Brasília. O Siasi permitirá um melhor acompanhamento dos dados sobre mortalidade, cobertura vacinal e doenças que acometem a população indígena. As informações serão disponibilizadas na Internet e contribuirão para orientar e tornar mais eficaz a assistência à saúde indígena.

A estruturação do Siasi teve início no fim de 1999, com o recenseamento da população indígena no Brasil. Foram computados dados sobre idade, sexo, etnia, língua e residência. Já foram cadastrados mais de 373 mil índios e a expectativa é superar o registro de 380 mil indígenas ao
incorporar dados referentes a índios urbanos ou em processo de reconhecimento pela Fundação Nacional do Índio (Funai). A Funasa pretende ampliar o Siasi ainda este ano, incorporando dados referentes à saúde bucal, recursos humanos e saneamento básico nas aldeias.

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CBM