Funai atua em área dos Cinta Larga

O coordenador do Grupo Tarefa, criado pela Funai para a proteção aos índios Cinta Larga, Walter Blos, relatou a ação da Funai, à comissão de deputados federais que esteve na aldeia Roosevelt. A ação do órgão indigenista foi desencadeada em janeiro deste ano, com o objetivo de proteger os Cinta Larga. Até o início do plano emergencial que envolveu diversos órgãos governamentais, os índios estavam sendo cooptados por garimpeiros e madeireiros, que e a desagregação de suas aldeias ameaçava a integridade física, já que os conflitos foram inevitáveis, dada a ilegalidade das ações.

Blos explicou que a ausência do estado fez com que essas atividades ilegais se instalassem com facilidade no interior das terras indígenas Roosevelt, Parque do Aripuanã, Serra Morena e Aripuanã. Estradas foram abertas no interior do estado por garimpeiros e madeireiros.

"Com o dinheiro fácil do tráfico de diamante e madeira de lei, logo vieram os conflitos, crimes, prostituição e doenças. A comunidade indígena sofreu sérios danos, entre eles, a paralização das aulas nas escolas e o início da desagregação da cultura Cinta Larga. Esses índios têm apenas 30 anos de contato com nossa sociedade. Hoje, a situação é outra e os Cinta Larga não aceitam mais as propostas dos garimpeiros e madeireiros. Há um trablaho sério sendo desenvolvido junto às comunidades de todas as terras indígenas ameaçadas. Os índios agora querem a garantia da ação do governo federal em sua proteção", explicou Walter.

O Grupo Tarefa da Funai, centralizado na Administração Executiva Regional (AER) da Funai em Cacoal, faz consecutivos relatórios junto à presidência da Funai e ao gabinete do Ministério da Justiça e trabalha com o apoio da Polícia Federal. Durante toda esta manhã (15), Blos e agentes federais fizeram a vigilância nas estradas vicinais, abertas no passado pelos garimpeiros e madeireiros para investigar boatos sobre a invasão e fechamento das estradas por garimpeiros. A determinação do atual presidente, Mércio Pereira Gomes, é a continuidade da ação do Grupo Tarefa para a proteção dos povos que habitam as terras indígenas ameaçadas.

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