Lideranças Xavante serão recebidos pelo Ministro da Justiça

Funai – As 40 lideranças Xavante, da Terra Indígena Marãiwatsede estão em Brasília desde ontem e serão recebidos hoje (02), às 17h, pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Os Xavante vieram a Brasília acompanhados pelo administrador da Funai em Goiânia, Edson Beiriz, para discutir com autoridades uma solução para o conflito resultante da invasão de suas terras. O presidente da Funai, Mércio Gomes, que acompanhará a audiência, declarou que o Ministro da Justiça está empenhado em encontrar uma solução para o iminente confronto de indígenas e posseiros e defendeu o direito dos indígenas à sua terra, homologada e totalmente invadida por posseiros.

O povo Xavante luta há mais de 40 anos pela T.I. Marãiwatsede que já foi comprovada como tradicionalmente dos índios e está homologada e registrada. É um local que os Xavante chamam de “carne e vida”. Lá estão cemitérios indígenas e viveram muitas gerações de seus antepassados. Durante muitos anos eles tentaram retornar ao seu local de origem, mas não conseguiram. O confronto com os invasores é um dos problemas mais graves que a Funai enfrenta. Na semana passada, o presidente do órgão indigenista esteve e conversosu com os índios para impedir um iminente conflito.

A delegação Xavante se reuniu ontem (01), com a dra. Ela Wieko, da coordenação da 6ª Câmara do Ministério Público Federal. Hoje (02), às 15h, no auditório principal do Ministério Público Federal haverá uma audiência com os com os deputados e senadores da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, simpatizantes ao movimento indígena, para pedir apoio na solução do conflito na terra indígena Marãiwatsede. O administrador da Funai em Goiânia, Edson Beiriz, que vai acompanhar a delegação vem denunciando que está sendo ameaçado de morte por defender o direito dos índios.

Os Xavante só querem deixar a capital depois de obter uma solução para o problema da invasão de suas terras. Eles pretendem ainda se reunir com o presidente do Incra e com juízes do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Regional Federal.
 

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