Marina Silva prega a "sustentabilidade ética"

Agência Brasil  – Sustentabilidade ética. Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esta é a palavra-chave para o desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo. Primeira palestrante da Conferência Internacional de Auditoria Ambiental, iniciada hoje, em Brasília, a ministra ressaltou a importância de se criar um novo ciclo civilizatório onde a relação dos países desenvolvidos com os países em desenvolvimento leve ao respeito na utilização da biodiversidade.

Segundo Marina Silva, o mundo continua sofrendo com o expressivo déficit na implementação de políticas ambientais capazes de assegurar às gerações futuras as riquezas naturais do presente. “Conciliar sustentabilidade ambiental, social e econômica ainda é um grande desafio”, afirmou a ministra, destacando que a auditoria ambiental pode ser uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento sustentável.

Ela ressaltou que o Brasil tem uma grande responsabilidade dentro deste novo processo por deter 11% da água doce disponível, 20% das espécies vivas do planeta e a maior floresta tropical do mundo. Mas para cumprir com suas responsabilidades, segundo a ministra, é fundamental que se consolide uma nova cultura, onde o ato de cumprir as leis seja um desejo espontâneo de consciência ambiental.

Para tanto, Marina Silva afirmou que o governo brasileiro vem estabelecendo uma nova rota de desenvolvimento estruturada em quatro diretrizes básicas: crescimento sustentável, incremento da participação social, fortalecimento do sistema nacional de meio ambiente e a implementação de uma política ambiental integrada. Como exemplos, ela citou o Programa de Combate ao Desmatamento da Amazônia, que reúne 13 ministérios em ações integradas, e o novo modelo brasileiro para o setor elétrico, que a partir de agora passa a trabalhar antecipadamente com a variável ambiental.

De acordo com a ministra, no Brasil, a lógica do crescimento pelo crescimento já consumiu 94% da Mata Atlântica, 16% da Floresta Amazônica e dizimou várias culturas indígenas. “A opção por não fazer correto custa muito caro”, afirmou, ressaltando que o desafio do desenvolvimento com sustentabilidade é uma tarefa de toda a sociedade e não apenas dos governantes.

A contribuição do controle externo para o desenvolvimento sustentável é o principal tema da Conferência iniciada hoje. Segundo Marina Silva, a auditoria ambiental pode verificar se as empresas estão de fato cumprindo com a legislação ambiental e se os governos estão cumprindo a legislação e observando a variável ambiental em seus investimentos. “Sem dúvida este tipo de auditoria é uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento sustentável”.

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